Louise Bourgeois

1911-2010

Paris, França

Louise Bourgeois é, talvez, a mais fascinante artista do século XX – seja por sua personalidade cativante, seja pela sua obra, profundamente pessoal e simbólica. A escultora, professora e escritora feminista esteve entre os mais diversos círculos da vanguarda da arte em Paris e Nova York. Bourgeois estudou matemática após a morte da mãe, mas também frequentou o curso de filosofia na Sorbonne e posteriormente se dedicou exclusivamente ao estudo da arte, passando por várias escolas e ateliês: a École des Beaux-Arts, Academie Ranson, Académie Julian e Académie de la Grande-Chaumière. Mudou-se para Nova York antes da II Guerra, e logo passou a frequentar a Art Students League, onde se dedicou ao estudo da gravura e pintura. Seu apartamento e lugares onde morava foram espaços dedicados a arte e cultura, tendo recebido até mesmo alunos e jovens artistas em sessões de avaliação. Foi na escultura, no início dos anos 60, que a artista começou a conceber seu corpo de trabalho mais aclamado, alternando entre formas, materiais e escala, variando entre figuração e abstração. Louise Bourgeois foi muito autobiográfica em sua produção, refletindo suas experiências, traumas e relações familiares desde a infância até a vida adulta, conectada às metáforas na natureza. Os elementos que utiliza carregam um simbolismo forte, como a relação entre a representação das aranhas e a maternidade, com alguma influência da psicanálise e do movimento surrealista. Explorou repetidamente os temas que estudava, como a barriga grávida, espirais, aranhas e a cor azul. “Aranha (Spider)”, talvez sua obra mais conhecida entre os brasileiros, esteve por 21 anos exposta na marquise do MAM – SP, localizado no parque Ibirapuera. Bourgeois morreu em Nova York em 2010, aos 98 anos.

  1. Foto de Louise Bourgeois no MoMA ao lado de sua escultura “Baroque” (1993)
  2. “Arte não é sobre arte. É sobre a vida, e isso resume tudo”, Louise Bourgeois
  3. Spider (1996) – Coleção Itaú Cultural
  4. Tits (1967) – Tate
  5. In and Out (1995) – Coleção The Easton Foundation
  6. The destruction of the father (1974) – Museum of Contemporary Art, Los Angeles

Georgia O’Keeffe

1887-1986

Sun Prairie, Wisconsin, EUA

Georgia O’Keeffe é uma das mais importantes artistas modernas americanas, sendo mais conhecida por suas pinturas de flores e paisagens do deserto. Descobriu suas habilidades muito nova, ainda enquanto estudava em casa e teve incentivo de seus professores para se desenvolver em sua aptidão. Após terminar a escola, estudou artes clássicas alguns anos no Art Institute of Chicago e depois no Art Students League, em Nova York. O corpo de trabalho de Georgia O’Keeffe passou por momentos muito simbólicos e importantes, que influenciaram definitivamente as explorações da artista no campo da pintura. Ao ter contato com Arthur Wesley Dow, pintor e professor revolucionário na forma de ver e criar arte, O’Keeffe incorporou a abstração em seus desenhos e telas, conseguindo alcançar um olhar pessoal para sua criação, expressando seus sentimentos e emoções. Esse salto para fora realismo mimético a levou a um novo patamar na composição dos trabalhos, simplificando as formas e contornos da natureza. Apesar de explorar flores gigantes, hastes, pistilos, pétalas e elementos que representavam sua sexualidade, a artista não era apegada a simbolismos, estava mais preocupada em questionar as técnicas e as formas de pensar sua arte. Georgia buscou refúgio em lugares remotos e ambientes inóspitos, como deserto do Novo México, onde construiu mais adiante seu rancho, Ghost Ranch, que hoje se tornou um complexo cultural. Passou longos períodos no deserto, viajando com uma espécie de estúdio móvel, criando desenhos e pinturas. A artista viveu até os seus 98 anos de idade e produziu mesmo depois de desenvolver uma doença que afetou sua visão, construindo seus trabalhos com assistentes. Sobre esse período a artista declarou “posso ver o que quero pintar. Aquilo que faz você querer criar ainda está lá”.

  1. Georgia O’Keeffe em Taos Pueblo (1960) – Tony Vaccaro
  2. “I found I could say things with color and shapes that I couldn’t say any other way – things I had no words for.”, Georgia O’Keeffe
  3. Black Iris (1926) – Met Museum
  4. Out Back of Marie’s II (1930) – Museu Georgia O’Keeffe
  5. From the Faraway, Nearby (1937) – Met Museum
  6. Above the clouds I(1962-1963) – Museu Georgia O’Keeffe

Berenice Abbott

1898-1991

Springfield, Ohio, EUA

Berenice Abbott foi uma das mais importantes fotógrafas documentais da história, com séries icônicas de imagens da Grande Depressão americana. Estudou brevemente na Ohio State University, mas sua evolução técnica aconteceu de forma autodidata, aprimorando-se em escultura e desenho por quase 5 anos. Durante sua trajetória morou entre Nova York e Paris, com passagens por Berlim, o que a deixou circulando entre figuras importantes da vanguarda artística do século XIX. Conheceu e se apaixonou pela fotografia como expressão artística em Paris, quando foi assistente no Man Ray Studio. Nesse período, teve contato com a obra de Eugène Atget, um revolucionário da fotografia documental que desviou seu olhar das figuras humanas e trouxe paisagens vazias e a catalogação de objetos no seu corpo de trabalho. Berenice Abbott foi colecionadora do trabalho de Eugène Atget, comprando seus negativos e preservando seu legado após sua morte. Sua coleção, posteriormente foi comprada pelo MoMA. Desde o início do trabalho de Abbott, seu grande interesse residia em retratar a vanguarda parisiense, guiada por processos de compreensão das transformações emocionais e ambientais da sociedade. Em um de seus retornos a NY, impressionada com a modificação da paisagem da cidade, aplicou seu olhar preciso e único à fotografia documental, resultando em uma longa produção que retrata a arquitetura, cultura e a vida cotidiana da metrópole. A artista teve diversas exposições em vida, lecionou por mais de 20 anos na New School for Social Research, além de ter escrito diversos livros sobre fotografia.

  1. Retrato de Berenice Abbott
  2. “Half of the fun of photography is fooling around, mixing solutions, playing with papers, exercising tangible authority over silent partners of photographic – film, paper, chemicals.”, Berenice Abbott
  3. Modern Vision (1938) – The New York Public Library
  4. Photograph of Radio Row (1936) – The New York Public Library
  5. Pike and Henry Street (1936) – The New York Public Library
  6. The O Line, Pier 11, East River (1930)

Lee Miller

1907-1977

Nova York, EUA

A vida de Lee Miller daria não só um, mas vários filmes. Na infância, foi vítima de estupro por um amigo de sua família, que lhe infectou com uma doença venérea grave que demorou um longo período para ser tratada. Ainda criança, modelava nua para o seu pai, algo que continuou fazendo até a vida adulta. Um acompanhamento psicológico a fez encarar a vida interior/emocional e a vida sexual como entidades separadas. Entretanto, os traumas dessas objetificações a seguiram por toda a vida. Em 1927, enquanto estudava arte em Nova York, foi salva de ser atropelada por ninguém menos que Condé Nast, famoso editor americano. Ele ficou encantado por sua beleza e pouco tempo depois Miller estava modelando para a capa da revista Vogue. Mas a vida glamurosa de modelo não a interessava tanto quanto a fotografia. Em 1929, por um impulso ousado, foi a Paris e conheceu Man Ray – famoso surrealista –, de quem foi musa e amante. Muitos de seus trabalhos, aliás, foram erroneamente creditados a ele. Juntos inventaram a técnica fotográfica da solarização, aperfeiçoando um erro acidental de Lee Miller que deixou uma imagem exposta por tempo demais. Nos anos 30, de volta a NYC, montou um estúdio, angariando clientes famosos e empresas. Miller ainda viveu no Cairo, viajou pela Europa e acabou em Londres no início da Segunda Guerra Mundial. Recusou retornar aos EUA e tornou-se, então, fotógrafa correspondente para a Vogue. Ainda conseguiu credenciar-se ao exército americano e passou a fotografar a linha de frente da guerra, produzindo algumas das mais icônicas imagens do conflito. Também registrou a abertura dos campos de concentração e foi fotografada posando dentro da banheira de Hitler. Os traumas da infância e os horrores da guerra tornaram os anos da década de 40 marcados pela depressão e desesperança. Mas Miller tinha uma pulsão de vida maior. Foi deixando a fotografia de lado em favor da culinária, incorporando ensinamentos surrealistas ao ofício de chef. O filho de Miller, Antony Penrose, descobriu 60.000 negativos e mais de 20.000 impressões após sua morte, por câncer, em 1977, escondidas no sótão da família.

Para saber mais sobre o trabalho de Lee Miller, acesse o site da artista, clicando AQUI.

Fanny Paul Volk

1867-1948

Leipa, Alemanha

Fanny Paul Volk veio para o Brasil depois que sua mãe, a fotógrafa Anna Paul, emigrou da Alemanha para o Brasil no final do século XIX. Anna conheceu o também fotógrafo Adolpho Volk na viagem e ambos estabeleceram-se em Curitiba. Juntos, abriram o estúdio Photographia H. A. Volk, trabalhando em conjunto. Fanny chegou no ano seguinte, imediatamente envolvendo-se no ofício da mãe e casando-se com Adolpho em 1886. O estúdio fez muito sucesso, atendendo a elite curitibana ao registrar os casamentos, retratar os políticos e a elite, sempre seguindo um certo estilo europeu. Fanny, no entanto, ficou sozinha em 1904 – sua mãe já havia falecido e Adolpho decidiu deixar a mulher e a filha e retornar à Alemanha, para nunca mais voltar. A artista passou, então, a gerenciar sozinha o negócio, postura ousada em uma época na qual mulheres não trabalhavam, muito menos tocavam negócios de maneira independente – ainda mais uma mulher separada. Mas a fama do estúdio e o reconhecimento profissional de Fanny acabaram tornando-a uma exceção. Seu trabalho foi tão bem aceito que ela acabou, inclusive, expandindo sua atuação fotográfica para “invadir” também domínios masculinos ao ser incumbida de fotografar fachadas, fábricas e até obras públicas pela cidade. É de Fanny Volk as fotografias de uma fábrica de sapato em Curitiba, nas quais ela traz uma importante reflexão de gênero para a época. A artista retratou o mesmo local com duas situações distintas: na primeira as mulheres da fábrica estavam posicionadas à frente da fotografia e, na segunda, os homens estavam posicionados na parte frontal da imagem.

  1. Retrato de Fanny Volk
  2. Fábrica de Calçados Hatschbach (1904) – Arquivo: Casa da Memória
  3. Interior da Fábrica de Calçados da Família Hatschbach (1904) – Arquivo: Casa da Memória
  4. Empresa de Saneamento em Curitiba (1906) – Arquivo: Casa da Memória
  5. Estrada de Ferro (1914) – Arquivo: Casa da Memória

Griselda Pollok

1949-

África do Sul

Griselda Pollok é uma das pioneiras e das mais lidas pesquisadoras contemporâneas sobre história da arte feminista, com um prolífico corpo de estudos e produções. Pollock publicou 22 monografias – e tem, ainda, 4 em produção -, produziu mais de 25 livros e cerca de 200 artigos e ensaios. É graduada na Universidade de Oxford e formada pelo Instituto Courtauld. Ministrou aulas em Reading e Manchester e hoje é professora e diretora do Centro de Análise Cultural, Teoria e História da Universidade de Leeds. Seus estudos permeiam campos amplos da história da arte interpretados por intervenções feministas, sociais, queer e pós-coloniais, propondo novas abordagens, conceitos e questões. A pesquisadora, historiadora e professora tem publicações sobre diversos temas, incluindo cinema, psicanálise, trauma, história e memória cultural, arte contemporânea e curadoria. Em 1981, Griselda Pollok lançou “Old Mistresses: Women, Art and Ideology”, junto de Roszika Parker, no qual expõe uma crítica estruturada da prática histórica na arte, os cânones e a curadoria nas instituições museológicas. Entre suas relevantíssimas contribuições, seu livro de 1988, “Vision and Difference: Feminism, Femininity, and Histories of Art” é essencial na interpretação da arte, trazendo uma investigação de gênero ao lado de classes e fatores econômicos mais amplos, levando isso em conta na análise qualitativa das produções artísticas.

Norma Broude

1941-

Nova York, EUA

Norma Broude é pesquisadora, historiadora, escritora e doutora. Graduou-se pela Hunter College e desenvolveu o restante de sua carreira acadêmica na Columbia University, em Nova York. Ela é uma das pioneiras no revisionismo de narrativas da História da Arte e de desafiar outras visões para a extensa produção do movimento expressionista na Europa no século XX e XXI. Ao lado de Mary Garrard, produziu uma das mais importantes séries de estudos que questionam os protagonismos masculinos e posicionamentos da arte a partir de uma visão feminista. Juntas, contribuíram de maneira significativa para a identificação e consolidação de um corpo acadêmico rico e criativo que afetou o curso da história da arte. Sua produção de maior alcance é a trilogia de estudos sobre arte e feminismo, na qual aborda: revisionismo histórico da arte pelo panorama da mulher; a reunião de trabalhos, obras e artistas feministas; e uma crítica sobre a produção artística feminista com um recorte para a década de 80 e 90. Juntos, os três volumes contêm ensaios sobre diversas artistas, algumas das quais tratadas em mais de um ensaio, trazendo perspectivas distintas e complementares sobre nomes centrais nessa reescrita. No primeiro estudo da série, “Feminism and Art History: Questioning the Litany” (1982) Norma Broude e Mary Garrard literalmente questionam a ladainha sedimentada da história da arte corrente, tradicional, trazendo visões alternativas em potentes ensaios de 17 estudiosos – organizados em ordem cronológica, cobrindo os principais períodos da antiguidade até o presente. No segundo livro “The Expanding Discourse: Feminism and Art History” (1992), as autoras também abordam um período de tempo bastante extenso, organizado a partida de algumas das melhores escritas da história da arte feministas, trazendo a abundância, a diversidade e as principais tendências conceituais do feminismo na arte. E, no seu terceiro livro, “Reclaiming Female Agency: Feminist Art History after Postmodernism” (2005), identificam a atuação feminina como um tema central dos estudos feministas, refletindo sobre a produção de conhecimento sobre a história da arte dos últimos 30 anos.

Whitney Chadwick

1943-

Estados Unidos

Whitney Chadwick é especialista em questões de gênero e sexualidade no surrealismo, no modernismo e na arte contemporânea, além de ser uma das grandes responsáveis pela documentação das mulheres na história da arte. Escritora, professora e historiadora, ela foi graduada na Middlebury College e recebeu seu PhD na Pennsylvania State University. Whitney Chadwick fez contribuições importantes para os estudos da arte contemporânea —analisando o período entre-guerras— e do movimento surrealista, nas décadas de 1930 e 1940, trazendo um olhar para a produção das mulheres. Como pesquisadora, um dos seus focos foi explorar as inovações lideradas por elas, como o uso artístico do tecido, do bordado, da escultura e de técnicas na pintura. No seu livro “Women, art, and society”, ela faz um mapeamento histórico para apresentar de forma ampla as principais produções de mulheres desde o período medieval até o contemporâneo. Em paralelo, o texto traz o contexto social e histórico que situa essas mulheres dentro dos círculos artistícos, suas representações em obras documentais e os recortes da sociedade tradicional. Nesta que é sua principal obra, a pesquisadora também faz uma comparação muito simbólica entre a forma como as mulheres eram retratadas na sociedade e a pintura de Johan Joseph Zoffany, “The Academicians of the Royal Academy” (1771-72), na qual as artistas Angelica Kauffmann e Mary Moser, que integraram o grupo fundador da academia, são reproduzidas em quadros na parede como decoração em uma aula de modelo nu, prática até então proibida para mulheres.

Meret Oppenheim

1913-1985

Berlim, Alemanha

Meret Oppenheim nasceu em uma casa cercada de intelectuais e artistas. Foi criada em um ambiente progressista, seu pai era um estudioso de psicanálise e sua mãe sufragista e feminista. Ainda na adolescência iniciou seus estudos em pintura, se formando depois na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Na França, circulou entre os surrealistas: além de amiga, foi modelo e musa de muitos deles. A fama veio cedo quando, com 20 e poucos anos, criou sua famosa xícara, pires e colher envoltos em pele, expondo a obra ao lado de artistas já reconhecidos. Depois de alguns anos, se desvinculou do grupo, seguindo sua própria essência e visão. Meret Oppenheim foi pintora, escultura, fotógrafa, criou móveis, atuou na moda e inovou na performance – propôs pioneiramente um jantar servido sobre um corpo humano. Seu trabalho foi impulsionado por uma resistência à lógica e às normas sociais. Foi uma artista múltipla e mutante, se reinventando em cada obra e explorando o inesperado. Fluiu entre temas diversos e opostos, construindo pontes entre natureza, cultura, masculino, feminino, espaços e estruturas. Meret Oppenheim desenvolveu uma tese sobre androginia humana, pesquisando gêneros, estilos e o espírito feminino e masculino na criação artística. Apesar do imenso corpo de trabalho e de sua habilidade inigualável, a obra da artista ainda permanece parcialmente na escuridão – algo que começa a mudar com pesquisadores e estudiosos que passaram a dedicar-se a entender e desvendar essa artista tão complexa e única.

  1. Retrato de Meret Oppenheim (1933) – Foto: Man Ray, Veiled Erotica, Metropolitan Museum of Art
  2. “Freedom is not something you are given, but something you have to take”
  3. Object (1936) – The Museum of Modern Art @themuseumofmodernart
  4. Ma gouvernante – My Nurse – Mein Kindermädchen (1936-1967) – Moderna Museet
  5. Stone Woman (1938) – Coleção Privada
  6. Table with Bird Legs (1939) – National Museum of Women in the Arts, NY

Nancy Elizabeth Prophet

1890-1960

Rhode Island, EUA

Nancy Elizabeth Prophet apresentou interesse em pintura e escultura desde muito jovem. Seus pais tinham ascendência indígena e afro-americana e, apesar de não terem condições de incentivar a filha nos estudos de arte, a educaram para trabalhar arduamente. Nancy, ainda jovem, juntou dinheiro com trabalhos domésticos e se matriculou na Rhode Island School of Design: foi a primeira pessoa negra graduada nesta universidade. Depois, em 1922, se mudou para Paris, onde trabalhou e estudou escultura na École Nationale des Beaux-Arts. Começou a ganhar reconhecimento no final da década de 20, ainda na França, e na década seguinte teve suas primeiras exposições em Nova York, ganhando seus primeiros prêmios. Em 1932, retornou de vez aos Estados Unidos, lecionando na Spelman College e na Atlanta University. Em seus trabalhos empregou madeira de lei para produzir esculturas fortes, de linhas precisas e expressivas, e um leve aspecto sombrio. Esculpia com um ritmo único bustos impressionantes e obras maiores de muita potência. Foi uma mulher determinada e com absoluta certeza de seu talento – características que ajudaram-na a suportar as imensas barreiras e variados obstáculos que uma mulher negra precisa enfrentar na sociedade, especialmente no circuito artístico. Ao longo de sua vida teve muitas dificuldades financeiras e, já mais velha, caiu no esquecimento. Após sua morte, um de seus bustos foi vendido por US$ 35.000. Hoje, existem poucas obras reconhecidas de Nancy Elizabeth Prophet. Ela deixou um diário e uma legião de pesquisadores fascinados pelo seu corpo de trabalho e obstinação.

  1. Retrato de Nancy Elizabeth Prophet
  2. “You are welcome to keep your body, I would rather have my mind and soul”, em seu diário
  3. Discontent (entre 1920- 1930) – Rhode Island School of Design Museum of Art
  4. Negro Head (antes de 1927) – Rhode Island School of Design Museum of Art
  5. Congolais (1931) – Whitney Museum of American Art
  6. Prayer (Poverty) (1926) – Foto Marouteau & C. Bernes
  7. Silence (entre 1920- 1930) – Rhode Island School of Design Museum of Art