Nancy Elizabeth Prophet

1890-1960

Rhode Island, EUA

Nancy Elizabeth Prophet apresentou interesse em pintura e escultura desde muito jovem. Seus pais tinham ascendência indígena e afro-americana e, apesar de não terem condições de incentivar a filha nos estudos de arte, a educaram para trabalhar arduamente. Nancy, ainda jovem, juntou dinheiro com trabalhos domésticos e se matriculou na Rhode Island School of Design: foi a primeira pessoa negra graduada nesta universidade. Depois, em 1922, se mudou para Paris, onde trabalhou e estudou escultura na École Nationale des Beaux-Arts. Começou a ganhar reconhecimento no final da década de 20, ainda na França, e na década seguinte teve suas primeiras exposições em Nova York, ganhando seus primeiros prêmios. Em 1932, retornou de vez aos Estados Unidos, lecionando na Spelman College e na Atlanta University. Em seus trabalhos empregou madeira de lei para produzir esculturas fortes, de linhas precisas e expressivas, e um leve aspecto sombrio. Esculpia com um ritmo único bustos impressionantes e obras maiores de muita potência. Foi uma mulher determinada e com absoluta certeza de seu talento – características que ajudaram-na a suportar as imensas barreiras e variados obstáculos que uma mulher negra precisa enfrentar na sociedade, especialmente no circuito artístico. Ao longo de sua vida teve muitas dificuldades financeiras e, já mais velha, caiu no esquecimento. Após sua morte, um de seus bustos foi vendido por US$ 35.000. Hoje, existem poucas obras reconhecidas de Nancy Elizabeth Prophet. Ela deixou um diário e uma legião de pesquisadores fascinados pelo seu corpo de trabalho e obstinação.

  1. Retrato de Nancy Elizabeth Prophet
  2. “You are welcome to keep your body, I would rather have my mind and soul”, em seu diário
  3. Discontent (entre 1920- 1930) – Rhode Island School of Design Museum of Art
  4. Negro Head (antes de 1927) – Rhode Island School of Design Museum of Art
  5. Congolais (1931) – Whitney Museum of American Art
  6. Prayer (Poverty) (1926) – Foto Marouteau & C. Bernes
  7. Silence (entre 1920- 1930) – Rhode Island School of Design Museum of Art
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Ana Carla Soler

Ana Carla Soler é historiadora da arte pela UERJ, relações públicas graduada pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduada em Marketing pela Universidad de Barcelona (ES) e especialista em Marketing Digital pela ESPM. Direciona sua pesquisa para a presença feminina no sistema da arte, atuando como curadora pesquisadora de mulheres artistas. Em 2023 foi selecionada para a Residência em Curadoria e Pesquisa do Instituto Inclusartiz e 2022 foi ganhadora do Edital de Pesquisa e Curadoria da Galeria OMA. Foi curadora de exposições como Abolicionistas, no Museu de Arte do Rio – MAR, Gravadas no Corpo, no Bananal (SP) e no Instituto Inclusartiz (RJ) e Tromba D’água no SESC São Gonçalo.

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