Mary Kelly

1941-

Fort Dodge, Iowa-EUA

O revolucionário trabalho de Mary Kelly, é tão afrente de seu tempo, que mesmo hoje, 50 anos depois, é completamente inovador. Sua obra considerada pós-moderna abriu o mundo da arte conceitual para o discurso feminista. Kelly descobriu sua inclinação artística cedo, se formou em artes visuais e especializou-se em música no College of Saint Teresa. Mais adiante estudou arte e história da arte no Instituto Pio XII de Florença e fez pós-graduação em Belas Artes na Saint Martin’s School of Art, em Londres. Mary Kelly é, desde muito jovem, envolvida com grupos e coletivos feministas e foi um membro ativo do Movimento de Libertação das Mulheres, lutando por igualdade de gênero. Mary Kelly também foi membro fundadora do Sindicato dos Artistas, criado para promover os direitos trabalhistas. Com suas produções em vídeo, criou importantes filmes documentais sobre a relação das mulheres e mães em suas exaustivas e, muitas vezes exploradoras e abusivas, jornadas de trabalho. Sua experiência ao se tornar mãe influenciou sua produção e num processo biográfico, íntimo e documental explorou os processos psíquicos e significantes da maternidade. Ela adotou uma abordagem científica para coletar e apresentar dados, que incluíam diários, rabiscos anotados, aparas de unhas dos pés e fraldas sujas. Nos seus trabalhos seguintes, profundamente conceituais e geralmente em grande escala, continuou a estudar como os papéis e expectativas tradicionais de gênero afetam o crescimento emocional e psicológico. A artista desenvolve seu corpo de trabalho até hoje, ligado ao feminismo não essencialista, onde o lugar de uma mulher não deveria ser determinado fisicamente, mas sim, criado por suas experiências.

  1. Retrato de Mary Kelly
  2. “Art is more what you won’t do than what you will do”
  3. Scarcity (1966)
  4. Night Cleaners (1972-75) – filme documental
  5. Post-Partum Document (1978) – coleção Arts Council England
  6. Sarajewo, série Mea Culpa (1992)
  7. Detalhe de Sarajewo e obra completa, série Mea Culpa (1992)

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