Marietta Robusti

1545/1550-1590

Veneza, Itália.

Uma das mulheres mais ilustres de seu tempo, Marietta Robusti foi uma artista extremamente habilidosa, com valiosas contribuições à arte por sua produção retratista. Apesar de ter alcançado fama na Itália e também no exterior, por muito tempo era mais conhecida como filha do mestre Jacopo Robusti Tintoretto, com quem aprendeu tudo sobre desenho e pintura em sua oficina. Ela, inclusive, era vestida de menino para que pudesse circular livremente junto de seu genitor, e chegou a ser chamada de Tintoretta – algo como “menina tintureira”. Ainda que tenha recebido importantes convites para atuar como pintora da corte – tanto do imperador Maximiliano, como do rei Filipe II da Espanha –, Tintoretto não permitiu que ela deixasse seu ateliê. Tamanho era o controle que ele exercia sobre Marietta Robusti que ela, ao se casar, mudou-se com o marido para a casa do pai, continuando a trabalho por mais de 15 anos com ele (enquanto, simultaneamente, produzia encomendas de retratos). Suas pinturas eram consideradas indistinguíveis das de Tintoretto, o que fez com que sua autoria permanecesse oculta. Embora tenha morrido jovem, por volta dos 30 anos por complicações no parto, foi uma notável retratista cujo trabalho foi muito admirado pela nobreza e realeza. Assim como suas pares contemporâneas, seu corpo de obras foi bastante extenso, tendo produzido diariamente; no entanto, há hoje apenas algumas obras atribuídas a ela com certeza.

  1. Autorretrato (1578) – Galeria Uffizi
  2. Portrait of Ottavio Strada (1567-1568) – Stedelijk Museum, Amsterdam
  3. Portrait of Two Men -Gemäldegalerie Alte Meister, Dresden
  4. Portrait of an Old Man with Boy (1585) – Kunsthistorisches Museum, Vienna
  5. Dama veneciana– Museo del Prado
  6. Portrait of a Lady as Flora
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Ana Carla Soler

Ana Carla Soler é historiadora da arte pela UERJ, relações públicas graduada pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduada em Marketing pela Universidad de Barcelona (ES) e especialista em Marketing Digital pela ESPM. Direciona sua pesquisa para a presença feminina no sistema da arte, atuando como curadora pesquisadora de mulheres artistas. Em 2023 foi selecionada para a Residência em Curadoria e Pesquisa do Instituto Inclusartiz e 2022 foi ganhadora do Edital de Pesquisa e Curadoria da Galeria OMA. Foi curadora de exposições como Abolicionistas, no Museu de Arte do Rio – MAR, Gravadas no Corpo, no Bananal (SP) e no Instituto Inclusartiz (RJ) e Tromba D’água no SESC São Gonçalo.

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