Judith Leyster

1609-1660

Haarlem, Países Baixos

Também conhecida como Leijster, Judith Leyster foi uma pintora essencial nos Países Baixos no início do século XVII. Seu estilo era bastante singular, pintando figuras sorridentes e cenas felizes num mundo que raramente permitia a presença de mulheres e privilegiava os retratos e figuras religiosas. Seu destaque na sociedade era tanto que, em 1633, se tornou a primeira (ou segunda, dependendo das pesquisas) mulher a ser membro da Guilda de São Lucas, em Haarlem. Apesar de ter tido uma ampla produção, por séculos suas obras não eram reconhecidas em seu nome: muitas pinturas foram atribuídas ao seu marido, ou ao seu contemporâneo Frans Hals. Como muitas pintoras de seu tempo, acabou deixando o ofício artístico de lado após o casamento com Jan Miense Molenaer. Judith Leyster tem hoje um legado de 35 obras reconhecidas. Foi apenas no final do século XIX que, finalmente, suas obras passaram a ter a atribuição correta, principalmente depois que o Louvre adquiriu uma pintura e, no restauro, descobriu a assinatura JL sob o nome de Hals.

  1. Autorretrato (1630 – 1633) Galeria Nacional de Arte dos Estados Unidos
  2. Merry Trio (1629 – 1631) – coleção particular 3. La joyeuse compagnie (1630) – Museu do Louvre
  3. A boy and a girl with a cat an an Eel (1635) – National Gallery
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Ana Carla Soler

Ana Carla Soler é historiadora da arte pela UERJ, relações públicas graduada pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduada em Marketing pela Universidad de Barcelona (ES) e especialista em Marketing Digital pela ESPM. Direciona sua pesquisa para a presença feminina no sistema da arte, atuando como curadora pesquisadora de mulheres artistas. Em 2023 foi selecionada para a Residência em Curadoria e Pesquisa do Instituto Inclusartiz e 2022 foi ganhadora do Edital de Pesquisa e Curadoria da Galeria OMA. Foi curadora de exposições como Abolicionistas, no Museu de Arte do Rio – MAR, Gravadas no Corpo, no Bananal (SP) e no Instituto Inclusartiz (RJ) e Tromba D’água no SESC São Gonçalo.

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