1928-2011
Nova york, EUA
Helen Frankenthaler foi pioneira da técnica chamada “soak-stain”, iniciada nos anos 50, na qual diluía a tinta óleo em uma proporção muito grande de solvente, criando uma tinta bem aguada que era aplicada sobre a tela crua, apoiada no chão – em geral, pintando com os dedos e mãos. Esse método inovador possibilitava a criação de grandes campos de cores planas, etéreas, espalhadas na superfície da tela, flutuando em relação às bordas deixadas em branco. O tecido bruto e sem primer absorvia esse óleo diluído intensamente, resultando até em certas “auras oleosas” em torno das formas coloridas. Frankenthaler impulsionou um movimento derivado do expressionismo abstrato chamado “Color Field Painting” ao receber em seu ateliê os artistas Morris Louis e Kenneth Noland. Vinda de uma família de prestígio e inserida logo de início nos círculos frequentados por Pollock e Clement Greenberg, sua participação nas galerias foi quase imediata. Suas composições de cores e formas comumente evocavam a natureza e cada trabalho criava um espaço visual e uma atmosfera únicos – ela dizia se inspirar por paisagens, mas também por bocas, olhos e emoções. A pintora deixou como legado um corpo de trabalho bastante extenso, passando por diferentes fases: pintou com acrílica a partir de 1963, depois abandonou os campos soltos e etéreos em favor de massas mais densas e sólidas, explorando cada vez mais formas geométricas. Helen Frankenthaler pintou por mais de sessenta anos de sua vida e é uma referência de mulheres que se destacaram no século XX.
- Helen Frankenthaler em seu estúdio “na floresta” em Provincetown (1968) – Fotografia de Alexander Liberman
- “In many ways today, beauty is obsolete and not the main concern of art. And you can’t prove beauty, it’s there as a fact. And you know it, and you feel it, and it’s real, but you can’t say to somebody ‘this has it'”, Helen Frankenthaler em entrevista para Charlie Rose (1993)
- Mountains and Sea (1952) – National Gallery of Art, Washington, D.C.
- Flood, da série “Abstract Climates” (1967) – Whitney Museum of American Art
- Distrito Mauve (1966) – The Museum of Modern Art
- Madame de Pompadour (1990) – Tate, Londres, UK