1578-1630
Milão, Itália.
Fede Galizia, como muitas artistas de seu tempo, era filha de um pintor, e presume-se que tenha aprendido o ofício com seu pai. Tamanha era a qualidade de seus trabalhos que, ainda aos 12 anos de idade, foi considerada uma prodígio pelo historiador italiano Giovanni P. Lomazzo (1538-1592). Repleta de encomendas, ganhou fama ainda em vida, reconhecida por seus pares e pela sociedade italiana por sua habilidade técnica no gênero dos retratos. Hoje sabe-se, contudo, que para além de ser uma exímia retratista, Fede Galizia foi pioneira na pintura de natureza-morta – gênero bastante associado às mulheres na historiografia. As fontes da época que a elogiavam não mencionavam os seus trabalhos de natureza-morta que, hoje, são considerados suas obras mais importantes. Apesar dessa lacuna, os pesquisadores mais contemporâneos reconhecem a genialidade de sua abordagem fortemente realista e sua capacidade singular de usar luz e sombra para dar vida às figuras humanas, à flora e à fauna. Com um olhar atento à utilização das cores, conseguia transmitir na mesma tela as diversas variações de maturação dos frutos e suas pinceladas delicadas retratavam vidros com uma nitidez cristalina. Ao longo de sua carreira também produziu algumas peças religiosas e chegou até a pintar retábulos. Trabalhou ativamente até 1630, quando sua vida foi encerrada pela peste que atingiu a Itália. Não há uma vasta documentação sobre sua obra e vida, tampouco temos retratos de Galizia – mas a obra “Judith com a cabeça de Holofernes de Galizia” é considerada um autorretrato da artista.
- Still-Life with Fruit (1637) – Thyssen-Bornemisza National Museum
- Basket of Apricots (1634) – Musée du Louvre
- At the Market Stall (s.d.) – Coleção Privada
- The Fruit and Vegetable Costermonger (1631) – Musée du Louvre
- Still Life with a Basket of Fruit and a Bunch of Asparagus (1630) – Art Institute of Chicago
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