1552-1638
Ravenna, Itália.
Apesar de ter sido uma das poucas pintoras a ter uma carreira independente de sucesso na Itália do século XVI, existem apenas quinze obras de Barbara Longhi com autoria autenticada. Tampouco há muitos registros sobre sua vida, mas sabemos que a artista demonstrou talento precoce no desenho e na pintura. Sua educação no campo das artes veio de seu pai, Luca Longhi (1507-1580). Barbara Longhi foi um membro ativo da oficina de seu pai, copiando suas telas, auxiliando na produção, sendo modelo, administrando o ateliê e até mesmo negociando suas obras. Aos 16 anos de idade, já havia sido mencionada em um texto de Giorgio Vasari sobre seu pai, no qual o escritor ressaltava a qualidade de seus desenhos e sua habilidade para a pintura. Mais adiante, Vasari a incluiu brevemente no seu livro “Lives of the Artists”, ressaltando sua “pureza de linha e brilho suave de cor”.
Ela se tornou conhecida por seu talento como retratista, mas apenas um de seus retratos é preservado e reconhecido hoje. Por ter produzido no período da Contrarreforma, dedicou-se principalmente a pequenas telas devocionais para uso doméstico e pintou alguns retábulos para ambientes eclesiásticos públicos. A maioria das suas obras conhecidas são representações da Madona com o Menino Jesus em diversas situações: lendo, segurando, orando, adorando ou amamentando. Suas telas se distinguem pelas composições simples com ênfase especial na interação humana e trazem um destaque para os tons claros que escolhe para a pele de seus personagens.
Grande parte de suas obras não são assinadas, algumas levam apenas suas iniciais; sobre outras há suspeitas de que foram erroneamente atribuídas a seu pai; e muitas sofreram os apagamentos que a história da arte reservou às mulheres.
- Saint Catherine of Alexandria (suposto autorretrato de Barbara Longhi) (1589)
- Madonna and Child (entre 1580-1585) – Museu de Arte de Indianápolis
- Virgin and Child with Saint (entre 1590–95)
- Madonna Adoring the Child (cerca 1600) – Walters Art Museum
- Dama con l’unicorno (cerca de 1605)