Artemisia Gentileschi

1593-1653

Roma, Itália

Artemisia Gentileschi talvez seja o nome feminino de maior reconhecimento entre o renascimento e o barroco europeu. Primogênita de um pai pintor, Orazio Gentileschi, ela cresceu no Ateliê, cercada pelos irmãos que não demonstravam tanto interesse ou jeito para a arte. Há um apelo muito grande em sua história pessoal, depois de ter sido vítima de um estupro de um pintor amigo de seu pai e, na época, seu professor. O escândalo, o julgamento criminal, as pinturas realizadas entre 1611 e 1612 e todas as fofocas são um material já bastante explorado na literatura especializada. Mas é possível falar de Artemisia Gentileschi para além da posição de vítima. Ela foi capaz de pintar personagens femininas heróicas de maneira tão singular que suas obras rivalizam a de grandes mestres, especialmente quando citamos a cena bíblica de Judite decapitando Holofernes. Mas o entendimento de Gentileschi sobre a forma feminina também é um aspecto único em sua produção, que também inclui autorretratos.

Dica de leitura: “Artemisia Gentileschi: trajetória biográfica e representações do feminino”, por @cristinetedesco

  1. Autoretrato (1615 e 1617) – Allen Phillips/Wadsworth Atheneum
  2. Declaração trocada em cartas com Galileu Galilei
  3. Judith decapitando Holofernes (1612-1613) – Museu de Capodimonte, Nápoles
  4. Autorretrato como Alegoria da Pintura (1638 e 1639) – Windsor (Inglaterra), Royal Collection
  5. Susana e os anciões (1610-1611) – Schloss Weißenstein, em Pommersfelden, Alemanha
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Ana Carla Soler

Ana Carla Soler é historiadora da arte pela UERJ, relações públicas graduada pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduada em Marketing pela Universidad de Barcelona (ES) e especialista em Marketing Digital pela ESPM. Direciona sua pesquisa para a presença feminina no sistema da arte, atuando como curadora pesquisadora de mulheres artistas. Em 2023 foi selecionada para a Residência em Curadoria e Pesquisa do Instituto Inclusartiz e 2022 foi ganhadora do Edital de Pesquisa e Curadoria da Galeria OMA. Foi curadora de exposições como Abolicionistas, no Museu de Arte do Rio – MAR, Gravadas no Corpo, no Bananal (SP) e no Instituto Inclusartiz (RJ) e Tromba D’água no SESC São Gonçalo.

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