Anna Bella Geiger

1933-

Rio de Janeiro(RJ) – Brasil

Anna Bella Geiger é uma artista singular no cenário brasileiro. O debate político proposto em seus trabalhos é inovador e fora de todos os padrões que estavam sendo criados até então no país. Em mais de 70 anos de produção, ela se mantém firme na experimentação, em tudo o que faz – a própria a artista reconhece este como o único modo possível de arte. Sua formação em linguística complementa a constante busca de Geiger para novas formas de linguagem. No campo das artes visuais, estudou em ateliês de artistas de vanguarda, esteve como ouvinte e também como docente em várias universidades e estudou e lecionou em importantes instituições museológicas. Começa a produzir na década de 50 e, apesar de trazer recortes dos movimentos modernos e de buscar algumas referências entre seus pares, Anna Bella Geiger sempre esteve em caminhos e investigações de maneira independente e muito própria, produzindo, muitas vezes, à margem e à revelia do mercado. Dentro da nova figuração, caminha mais assertivamente em direção ao contemporâneo. Nos anos 70, experimenta com filme e vídeo, fotomontagem, fotogravura e xerox, começando a se aprofundar mais nos diálogos sobre cartografias, usando mapas e explorando fronteiras, limites físicos e culturas. Mais adiante, começa a questionar em sua obra a noção de fronteiras geográficas, com instalações que ficam entre a pintura, escultura e gravura. Anna Bella Geiger trabalha a relação entre diversidade de meios e superação do “estilo”. Seu trabalho cria uma tensão entre a forma, a imagem e o conceito de arte. É uma artista corajosa e ousada, igualmente afetiva e bem humorada, cuja produção incomparável continua impactando e espantando espectadores pelo mundo.

  1. Retrato de Anna Bella Geiger
  2. “Não necessariamente me interessa precisar ou determinar a priori o desdobramento do meu trabalho comprometida com seus meios técnicos, mas sim em termos da ideia, do conceito, isto sim, fundamental para mim”
  3. Passagem I e II (1974)
  4. Brasil nativo/Brasil alienígena (1976/1977) – Tate
  5. Burocracia (1978)
  6. Camouflage (1980)
  7. Local da ação com Euhropa/Bras. AM. LAT., série Fronteiriços (1995)

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