Adélaide Labille-Guiard

1743-1803

Paris, França

Para começar a contar a história de Adélaide Labille-Guiard é importante destacar que a pintora foi também uma experiente professora de artistas mulheres e presença essencial nos debates referentes às reformas das políticas da Academia Real de Pintura e Escultura de Paris em relação às presença de alunas. Foi muito influente na academia, conhecida pela devoção às artistas. Labille-Guiard foi admitida à Academia Real ao expor no salão de 1783, junto com sua contemporânea mais conhecida, Élisabeth Vigée-Lebrun. A presença não de uma, mas duas mulheres, gerou bastante ruído no evento e foi uma fácil desculpa para a criação de rumores de rixas e disputas por seus pares masculinos. Labille-Guiard dedicava-se a pintar retratos de aristocratas, mas também dá início a uma produção dedicada a registrar burguesia. Em 1790 advogou diante dos membros da Academia defendendo o fim do limite de vagas para mulheres – o absurdo teto de 4. Quando se instaurou em Paris o “Período do Terror”, entre 1793 e 1794, ao longo da Revolução Francesa, Adélaide Labille-Guiard se isolou na área rural da França, retornando apenas para Paris em 1795, onde continuou pintando até sua morte, em 1803.

  1. Recorte da obra Auto-retrato com dois alunos, obra completa ao final do álbum.
  2. “One must expect to have one’s talent ripped apart (…) who can plead on behalf of women’s morals?”, escreveu ela em uma rara carta existente.
  3. Marie-Adélaïde de France, said Madame Adélaïde (1787) – Palace of Versailles, France
  4. Portrait of a woman by Adélaïde Labille-Guiard (1787) – Musée des Beaux-Arts de Quimper, Brittany, France
  5. Auto-retrato com dois alunos, Mlle. Marie Gabrielle Capet [à direita] e Mlle. Marie Marguerite Carreaux de Rosemond (1785) – Metropolitan Museum of Art, NY

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