Madame Lebrun

Provavelmente a mais famosa pintora do século XVIII, Élisabeth-Louise Vigée-Le Brun, ou Madame Lebrun, foi uma artista francesa ligada à estética ao Rococó e Neoclássica. Desde a adolescência, já pintava retratos de maneira profissional e ganhava dinheiro com isso. Em 1774 entrou na Associação de Pintores da Académie de Saint-Luc, alternativa à rejeição pela Académie Royale de Peinture et de Sculpture. Poucas mulheres podiam frequentar as Academias de Arte, e eram sempre proibidas de frequentar as aulas de modelo vivo. Em meados de 1778 recebeu a encomenda de um retrato de Maria Antonieta, tornando-se uma das artistas preferidas da corte. A partir daí, nos anos seguintes, realizou mais de 30 retratos da rainha e sua família, e ampliou muito sua gama de clientes. Em 1783 foi finalmente aceita na Académie Royale, junto com Adélaïde Labille-Guiard. Uma pequena rixa teve início entre as duas, com comparações de críticos entre seus trabalhos e personalidades. Com a instabilidade política que da Revolução que se aproximava, ficou 12 anos em exílio, trabalhando na Itália, Áustria, Rússia e Alemanha. Quase nenhuma artista feminina desde então desfrutou do tipo de sucesso e admiração que recebera Lebrun.

  1. Auto-retrato, pintado em Florença (1790) – Galeria Uffizi, Florença, Itália @uffizigalleries
  2. “Ici, enfin, je repose…” escrito em seu túmulo no cemitério de Louveciennes, próximo de Versalhes.
  3. Rainha Maria Antonieta e seus três filhos (1787)
  4. Auto-retrato com sua filha Jeanne-Lucie (1786) – Museu do Louvre @museelouvre
  5. A Marquesa de Pezay e a Marquesa de Rougé com os seus dois filhos (1787) – National Gallery of Art, Washington D.C., EUA @nationalgallery

Angelica Kauffman

Angelica Kauffman foi reconhecida desde cedo como uma prodígio infantil, tendo seu pai, também pintor, como professor. Trabalhando com o pai, passou pela Suíça, onde nasceu, e também pela Áustria e Itália. Aprendeu várias línguas, incluindo alemão, italiano, francês, inglês e, numa certa altura da vida, tendo talento musical e para a pintura, teve que escolher um dos caminhos, optando pela arte. Em 1754, com a morte da mãe, seu pai decidiu mudar-se para Milão, o que se seguiu de diversos longos períodos na Itália, culminando na influência pelo neoclacissismo e pelo rococó ao passar por Roma, e em sua aceitação na Accademia di Belle Arti di Firenze, em 1762. Viveu apenas 15 anos em Londres, mas foi o suficiente para cravar seu nome para sempre na cena artística local. Foi membro-fundadora da royal Academy (1769), junto da única outra mulher a participar do grupo, Mary Moser. Angelica Kauffman foi uma pintora extraordinária, com talentos para retratos e também para cenas históricas clássicas. Teve sucesso financeiro e reconhecimento de seus pares. Voltou para a Itália em 1780, e, em 1794, pintou o autorretrato “Self Portrait of the Artist Hesitating between the Arts of Music and Painting”, no qual enfatiza a difícil escolha entre a pintura e música, em homenagem à morte de sua mãe.

  1. Auto-retrato por Kauffman (1770-1775) – National Portrait Gallery, London @nationalportraitgallery
  2. “Tenho apenas um pedido a fazer, para enviar para casa minhas fotos, caso seja exibido”, em carta ao carta ao Presidente e ao Conselho, para barrar a exibição de uma obra na Exposição de Verão no The Conjurer, de Nathaniel Hone que expunha boatos de sua vida pessoal
  3. Portrait of a Lady as a Vestal Virgin (1781 – 1782) Old Masters Picture Gallery, Dresden State Art Museums, Dresden, Alemanha
  4. Self Portrait, the Artist Hesitating Between the Arts of Music and Painting (1791) – National Trust, Nostell Priory @nationaltrust
  5. Valentine, Proteus, Sylvia and Giulia in the Forest (1788 – 1788) – The Davis Museum at Wellesley College, Wellesley, Estados Unidos @thedavismuseum