Gabriele Münter

1877-1962

Berlim, Alemanha

A artista expressionista alemã por muito tempo teve seu nome ligado a Wassily Kandinsky, de quem foi aluna, companheira e colega de trabalho. Entretanto, a vida e obra de Gabriele Münter são muito mais do que a relação com o mestre russo. Suas obras trazem cores forte, imagens delineadas em tons escuros espessos e figuras simplificadas de maneira criativa. Seu estilo teve influência pós-impressionista e fauvista. Apesar de frequentemente inominada, Gabriele Münter foi uma das fundadoras do importante núcleo dos artistas “Der Blaue Reiter”, central na formação do Expressionismo Alemão. Durante sua vida, esteve próxima da vanguarda das artes e foi graças a ela que cerca de 80 obras de Kandinsky e outros membros do Blaue Reiter não foram completamente destruídas na Segunda Guerra Mundial.

  1. Foto de Gabriele Münter em Kallmünz (1903)
  2. “Only permanence in appearance fascinated me in a person – the form in which the essence was expressed”, Gabriele Münter
  3. Portrait of a Young Woman (1909) – Milwaukee Art Museum
  4. Meditation (1917) – Stadtische Galerie im Lenbachhaus, Munich
  5. Snow-Covered Pine (1933) – Solomon R. Guggenheim Museum, New York

Suzanne Valadon

1865-1938

Paris, França

Suzanne Valadon foi, sem dúvidas, uma mulher que hoje descreveríamos como “livre”. Provocou verdadeiros rebuliços em seu tempo! Foi modelo e artista autodidata, tendo posado para Renoir, Degas e Toulouse-Lautrec e pintado diversas mulheres nuas, algo bastante transgressor para a virada do século. A função de modelo servia não apenas para sustentar-se, mas como modo de aprender com os grandes artistas para quem posava. Sua obra muitas vezes é ofuscada por sua biografia. Suzanne Valadon foi um ícone do pós-impressionismo não apenas por seu belíssimo trabalho, mas pelos relacionamentos conturbados, incontáveis amantes (incluindo Erik Satie) e vida boêmia que levava. Apesar disso e da falta de treinamento formal, Valadon foi a única mulher a expor na Société Nationale em 1894. Em 1911 realizou sua primeira mostra individual e expôs no Salon des Independants e no Salon D’Automne, ganhando crescente reconhecimento do circuito. Sua obra reflete sua personalidade forte e marcante, com pinceladas firmes e cores vibrantes, e revela sua perspectiva única sobre o corpo feminino e a sensualidade, algo absolutamente diferente das abordagens dos artistas de sua época.

  1. Autorretrato (1898) Museum of Fine Arts, Houston
  2. O Circo (1889) – Cleveland Museu de Arte, Ohio
  3. Lançamento de Redes (1914) – Centro Pompidou
  4. Nus (1919) – MASP
  5. O Quarto Azul, óleo sobre tela (1923) – Centre Pompidou