Paula Modersohn-Becker

1876-1907

Dresden, Alemanha

Paula Modersohn-Becker dedicou sua obra a alcançar a essência das coisas. Apesar de ter falecido muito jovem, aos 31 anos, a artista subverteu as normas de seu tempo, não apenas por ser uma artista mulher e pela técnica que utilizou em suas telas, mas principalmente pela escolha das cenas femininas que dominaram parte de sua obra. É considerada a primeira mulher do expressionismo alemão. Estudou em Londres e Berlim, esteve na colônia de Worpswede em Paris e passou incansáveis horas em Galerias e Museus. Em uma de suas quatro viagens a Paris conheceu o trabalho de Paul Cézanne, Paul Gauguin e Vincent van Gogh. A influência desses artistas trouxe inovações para sua arte. Com suas pinturas de tintas marcadas pelos objetivos utilizados (empasto), paleta suave e terrosa, pintou paisagens, naturezas mortas e cenas cotidianas. Entretanto foi ao retratar as figuras femininas que a Paula Modersohn-Becker conseguiu se encontrar na arte: mães e filhos, meninas e senhoras idosas. As mulheres que compõe o seu trabalho são reais, robustas e com olhares profundos e sutis. Sua maneira sensível de interpretar a feminilidade impactou padrões tradicionais de sua época, retratou-se grávida e pintou mães amamentando. Um pioneirismo para a época! Dos breves 14 anos em que produziu, a artista deixou mais de 750 quadros, 13 estampas e quase mil desenhos.

  1. Fotografia de Paula Modersohn-Becker
  2. “It is my experience that marriage doesn’t make one happier. It takes away the illusion that previously sustained one’s whole being that one would have a soul mate”, Paula Modersohn-Becker
  3. Self-Portrait on the sixth wedding anniversary (1906) – Paula Modersohn-Becker Museum, Bremen
  4. Mother Nursing Child (s.d)
  5. Peasant Woman (1905) – Detroit Institute of Arts, USA

Mary Cassatt

1844-1926

Pensilvânia, Estados Unidos

Mary Cassatt foi uma artista fundamental no debate da arte feminina ao trazer à tona os problemas da sociedade em relação às mulheres, especialmente no que diz respeito ao preconceito evidente na recusa dos trabalhos de mulheres nos salões e eventos de arte. Aos 15 anos, mesmo sem o apoio da família, Cassatt ingressou na Pennsylvania Academy of Fine Arts, na Filadélfia. Mas logo passou a indignar-se com os limites da formação – segundo ela, lento e conservador – e passou a estudar por conta própria. Mary Cassatt também apoiou o movimento do sufrágio universal e se recusava a ser denominada “artista mulher”, pois defendia ser apenas “artista”. Foi uma das grandes responsáveis pela popularização impressionismo nos Estados Unidos. Sua obra se destaca pela inter-relação entre a cor e a luz, e é composta por uma vasta produção de cenas ao ar livre. Cassatt tornou-se popular por seu trabalho também ao abordar temas familiares e retratar mulheres, com especial atenção a pinturas que singularmente representavam a relação entre mães e filhos.

  1. Mary Cassatt em uma cadeira com um guarda-chuva, no verso está escrito “a única fotografia para a qual ela posou.” (1913) – Coleção de Durant Ruel
  2. Retrato da artista (1878) – Metropolitan Museum of Art, EUA
  3. Woman Bathing (1890-1891) – National Gallery of Art, Washington, DC, USA
  4. Breakfast in Bed (1897) – Huntington Library, San Marino, CA, USA
  5. The Child’s Bath (1893) – Art Institute of Chicago, USA