Imogen Cunningham

1883-1976

Portland, Oregon, EUA

Imogen Cunningham foi uma pioneira na fotografia nos Estados Unidos – comprou sua primeira câmera aos 18 anos, depois de muito economizar. Recebeu pelo correio um equipamento 4×5′ e estudou por correspondência. Depois de formar-se em química, estudou arte e fotografia por 1 ano na Alemanha. Ao voltar para Seattle, abriu seu primeiro estúdio em 1910, começando a receber algum reconhecimento das sociedades pictorialistas. Mas, na década de 20, sua especialidade se tornou a botânica. Depois de casar-se e ter três filhos, mudou-se com a família para São Francisco, Califórnia, onde conciliava as tarefas domésticas, a criação dos três meninos e o desenvolvimento de seu trabalho. Por falta de tempo e espaço passou a registrar as plantas de seu jardim, criando sua icônica série sobre magnólias. Na década de 30 foi chamada para colaborar com a revista Vanity Fair, fotografando celebridades sem maquiagem, retratando poetas, pintores, fotógrafos e escritores. Junto com outros fotógrafos contemporâneos fundou o Grupo f/64, que buscava na fotografia a “imagem pura”, bem diferente das obras do início de sua carreira. Imogen Cunningham tinha uma personalidade forte, era um espírito livre. Explorou novos métodos fotográficos, como a dupla exposição e a impressão de montagem. Fez da luz e dos detalhes seus maiores aliados nas composições de seus trabalhos, foi mestra no uso de toda a escala de cinza fotográfica, do preto ao branco. A artista chegou a ter muita fama em vida, especialmente pelas seus aclamados retratos, que tinham uma uma capacidade humanizadora única, e pelas inovadoras utilizações de contrastes e ângulos nas fotos de plantas e flores, misturando noções de arquitetura à botânica.

  1. Retrato de Imogen Cunningham
  2. “One must be able to gain an understanding at short notice and close range of the beauties of character, intellect, and spirit so as to be able to draw out the best qualities and make them show in the outer aspect of the sitter”
  3. Kauernder Akt (1932)
  4. Glacial Lily (1927) – The Museum of Modern Art
  5. Two Callas (1929)
  6. Self Portrait on Geary Street (1959) – The Museum of Modern Art
  7. O Poeta e Seu Alter Ego e James Broughton (1962)

Mary Moser

1744-1819

Londres, Reino Unido

Para apresentar Mary Moser, é imprescindível apontar que sua importância para o mundo das artes é gigante. Ela e Angelica Kauffman foram as únicas duas mulheres envolvidas na fundação da Royal Academy. Como muitas das artistas de destaque nos séculos XVII, XVIII e XIX, veio de uma família de artistas – seu pai era pintor e a incentivou e iniciou na pintura. Aos 14 anos ganhou um prêmio da Society of Arts pela qualidade de suas pinturas florais. Apesar de ter também realizado retratos e pintado cenas históricos, a perfeição com que pintava flores foi o que lhe deu destaque em vida. Com 24 anos, foi convidada para ingressar na Royal Academy of Arts. Casou-se apenas aos 49 anos, algo quase impossível para a época! Depois disso passou a assinar suas obras como Mary Lloyd. Uma doença, que ocasionou a perda de visão, impediu que Mary Moser continuasse pintando, mas não a impediu de seguir ativa nos assuntos das Assembléias da Royal Academy. E, como uma mulher absolutamente competente, chegou até mesmo a ser indicada à presidência da instituição.

  1. Mary Moser, painted by George Romney (1770-71) – National Portrait Gallery, Londres, UK
  2. Vase of Flowers (s.d.) – Fitzwilliam Museum, University of Cambridge, UK
  3. Spring (ca. 1780) – Royal Academy of Arts
  4. Summer (ca. 1780) – Royal Academy of Arts
  5. Recorte da obra de Henry Singleton na qual aparece Mary Moser e Angelica Kauffman
  6. Henry Singleton, The Royal Academicians in General Assembly (1795) – Royal Academy of Arts