1907-1997
Paris, França
Famoso desde a década de 1930, o trabalho radical, político e inovador de fotomontagem de Dora Maar foi referência no movimento surrealista, tendo participado de exposições com o grupo. Formada em artes decorativas, fotografia e pintura, produziu, além dos trabalhos surrealistas, abstratos e autorais, imagens comerciais para propaganda e moda, com um olhar apurado e cenas inusitadas. Como artista e como mulher, marcou presença nos movimentos socialistas de seu tempo, uma postura que poucas mulheres ousaram tomar! Seu relacionamento com Picasso, impactante tanto na obra dele como na dela – responsável pela documentação da produção de Guernica (1937) -, foi apenas uma pequena camada de sua carreira que já era consolidada e de sucesso. Conhecida por ser uma artista disciplinada, sua fotografia experimental mesclou técnicas e estilos diferentes, como gravuras e colagens. Dora Maar era envolvida no momento político de sua época e nas ruas de Londres, Paris e na Costa Brava, fotografou cegos, sem-teto, mães com bebês nos braços e crianças. Henriette Théodora Markovitch, ou Dora – como preferiu ser chamada -, produziu por toda sua vida, deixando um legado de uma vasta quantidade de obras, muitas delas apenas descobertas após sua morte.
- Dora Maar behind one of her works, in her studio at 6 rue de Savoie, Paris (1944) – Foto: Cecil Beaton – Musée Picasso (Paris, France)
- “My relations with the rest of the world for the rest of my life do not depend on the fact that I was once acquainted with Picasso” Dora Maar told the writer James Lord during a phone call in late 1953
- Sem título (Hand-Shell) (1934) – Tate
- Portrait d’Ubu (1936) – Museu Nacional de Arte Moderna, Centre Pompidou (Paris, França)
- Pearly King collecting money for the Empire Day (1935) – Tate
- 29 rue d’Astorg (1936)