1912-2004
Macklin, Canadá
As fotografias do trabalho de Agnes Martin não são dignas de representar as obras vistas pessoalmente. Isso porque as imensas telas criadas pela artista escondem, ao serem apreciadas à distância, incontáveis micro-cosmos de padrões minimalistas, com grades, tons e texturas que Martin desenvolvia em pinturas. Ao observar de longe essas obras, é possível confundí-las com um estilo mínimo, de formas simplificadas e composições de cores emudecidas. Mas, a própria artista dizia, com certa frequência, que estava muito mais próxima dos expressionistas abstratos – por sua formação de pensamento – que dos minimalistas. Visualmente, porém, seu trabalho nada tinha de pinceladas gestuais e cores vibrantes. Martin desenvolveu um formato característico, sempre em telas de 2×2 metros cobertas por inteiro com grades meticulosamente desenhadas a lápis e acabadas com uma fina camada de gesso. Sua vida era tão misteriosa quanto seus trabalhos: ela era conhecida por ser extremamente reservada, e raramente falava sobre seu trabalho. A artista destruiu obras do começo de sua carreira, evitou ao máximo a publicação de monografias sobre sua arte e fez amigos jurarem que não falariam sobre ela após sua morte.
- Foto de Agnes Martin
- “Eu gostaria que meu trabalho representasse beleza, inocência e felicidade. Eu gostaria que todos eles representassem isso.”
- With My Back to the World (1997) – Museum of Modern Art
- I Love the Whole World (1999) – Tate Museum
- Friendship (1963) – Museum of Modern Art
- Gratitude (2001) – Museu Solomon R. Guggenheim